É, foi natal
Até o cão participa da ceia e a criança aparece com ferimento, Papai Noel não existe.
A guerra se instaura: a máquina plim-plim versus cristal tim-tim. Mas quem somos nós para se meter em briga de peixe grande? Ela que vá brigar com o cão, e olha que pode vencer, cão nenhum dará atenção para plim-plim. Vale mesmo se ingressar num bate-papo entre os seus, o velho de barba branca não virá, isso eu sei, 40 graus só enfrenta quem aguenta até porque, nem chuva esse ano veio. Pode um natal sem chuva? O bom mesmo foi dançar em frente da casa, os vizinhos observavam a festa profana. A insanidade contagia até mesmo os gatos, gatos esses que podiam ser vistos sem medo algum, ainda bem...não era sexta-feira, comiam à vontade. Aquela rua, se fosse minha mandava ladrilhar de brilhantes, só para ver, as crianças passarem. A mãe, não preocupada chama o filho para ver o papa, Papai Noel não existe. O telefone tem seu valor numa noite como essa, o toque parece divino, sinos...medo nenhum... e, olha que já passa da meia-noite. Lá vem os gatos, negros-gatos, espiam e escutam tudo, sempre em cima do muro, difícil comer e falar ao mesmo tempo, ainda mais ao telefone, o peru é lançado pela janela, gatos fazem festa. Então foi natal e, o que você fez?
quinta-feira, dezembro 28, 2006
Então foi natal
No centro da mesa, guardanapos de papel grosso sobre ameixas e abóboras cristalizadas. Alguns papos-de-anjo na geladeira, ao lado de queijos, um pudim e pouco mais de três colheradas de açúcar. Um caco verde esquecido debaixo de um móvel (o único que se salvara após o aspirador ter limpo os destroços de um acidente – um tropeção, uma criança, alguns berros). Dois sacos junto à entrada repletos de papel de embrulho e de fita cola. Um homem na rua, orgulhoso dos seus sapatos, aproveitando qualquer instante para os observar. Uma manta azul guardada nos fundos de um armário após breve reflexão (o lixo teria sido a outra hipótese). Um polícia caminhando devagar, ainda entorpecido pela jornada de vinhos e de champagne. A mulher da caixa recolhendo com desânimo o mini autdoor caseiro de boas festas. Um dos enfeites da praça já tremeluzente, com mais de cinco lâmpadas fundidas. A despedida de um grupo de pessoas à porta de casa (metade tem malas, metade diz adeus). Foi certamente Natal um dia destes.
No centro da mesa, guardanapos de papel grosso sobre ameixas e abóboras cristalizadas. Alguns papos-de-anjo na geladeira, ao lado de queijos, um pudim e pouco mais de três colheradas de açúcar. Um caco verde esquecido debaixo de um móvel (o único que se salvara após o aspirador ter limpo os destroços de um acidente – um tropeção, uma criança, alguns berros). Dois sacos junto à entrada repletos de papel de embrulho e de fita cola. Um homem na rua, orgulhoso dos seus sapatos, aproveitando qualquer instante para os observar. Uma manta azul guardada nos fundos de um armário após breve reflexão (o lixo teria sido a outra hipótese). Um polícia caminhando devagar, ainda entorpecido pela jornada de vinhos e de champagne. A mulher da caixa recolhendo com desânimo o mini autdoor caseiro de boas festas. Um dos enfeites da praça já tremeluzente, com mais de cinco lâmpadas fundidas. A despedida de um grupo de pessoas à porta de casa (metade tem malas, metade diz adeus). Foi certamente Natal um dia destes.
segunda-feira, dezembro 25, 2006
sábado, dezembro 23, 2006
Vermelho, verde e branco?
Quem inventou que Natal é vermelho, verde e branco?As cores, para mim, tem igual importância, por sua multiplicidade de matizes, diversidade de texturas...Quem estipulou que Natal foi criado para lotar ruas, encharcar o trânsito, encher a paciência e entornar o caldo?Cadê o malfadado amor ao próximo,a tolerância, a generosidade,a irmandade?Definitivamente esta mensagem não foi escrita para desejar Feliz Natal...Mas só pra pedir: pensem! analisem!Depois escutem o silêncio preenchido, que nasce após o pensamento!
Forte abraço de meus braços longos que alcançam à todos, amorosamente!
Mayra Jeannyse ( diretora teatral )
Quem inventou que Natal é vermelho, verde e branco?As cores, para mim, tem igual importância, por sua multiplicidade de matizes, diversidade de texturas...Quem estipulou que Natal foi criado para lotar ruas, encharcar o trânsito, encher a paciência e entornar o caldo?Cadê o malfadado amor ao próximo,a tolerância, a generosidade,a irmandade?Definitivamente esta mensagem não foi escrita para desejar Feliz Natal...Mas só pra pedir: pensem! analisem!Depois escutem o silêncio preenchido, que nasce após o pensamento!
Forte abraço de meus braços longos que alcançam à todos, amorosamente!
Mayra Jeannyse ( diretora teatral )
terça-feira, dezembro 19, 2006
Aniversário de Manoel de Barros
Eu vim pra cá sem colera, meu amo.
Do meu destino eu mesmo desidero.
Não uso alumínio na cara.
Quando cheguei nesse lugar-
Só batelão e boi de sela trafegavam.
Aqui só dava maxixo e capivara.
Mosquito usava pua de 3/4.
Falo sem desagero.
Desculpe a delicadeza.
Meu olho te aguamentos.
( Fui urinado pelas ovelhas do senhor? )
o livro das ignorãnças- manoel de barros, 90 anos
segunda-feira, dezembro 18, 2006
sexta-feira, dezembro 15, 2006
Os Ombros que Suportam o Mundo
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.Tempo de absoluta depuração.Tempo em que não se diz mais: meu amor.Porque o amor resultou inútil.E os olhos não choram.E as mãos tecem apenas o rude trabalho.E o coração está seco.Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.Ficaste sozinho, a luz apagou-se,mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.És todo certeza, já não sabes sofrer.E nada esperas de teus amigos.Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?Teus ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança.As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios provam apenas que a vida prossegue e nem todos se libertaram ainda.Alguns, achando bárbaro o espetáculo preferiram (os delicados) morrer.Chegou um tempo em que não adianta morrer.Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.A vida apenas, sem mistificação.
Carlos Drummond de Andrade
texto enviado por Luciano Paullo ( teatreiro )
quinta-feira, dezembro 14, 2006
Porque já era tempo
Este regresso da chuva - e este regresso em fúria, pelo menos aqui - agrada-me por razões diversas: porque já era tempo que chovesse assim, para arrancar o estio aos corpos e às casas, para lavar os vidros, para lavar as árvores, porque já era tempo da ilusão sumir, este verão perpétuo, este suor de incêndios, este suor das secas, porque já era tempo de ser assim, novamente, tudo embaçado e disperso.
Este regresso da chuva - e este regresso em fúria, pelo menos aqui - agrada-me por razões diversas: porque já era tempo que chovesse assim, para arrancar o estio aos corpos e às casas, para lavar os vidros, para lavar as árvores, porque já era tempo da ilusão sumir, este verão perpétuo, este suor de incêndios, este suor das secas, porque já era tempo de ser assim, novamente, tudo embaçado e disperso.
terça-feira, dezembro 12, 2006
cartaz divulgado na ocasião do lançamento do vídeo
Vídeos universitários em MT
Os vídeos “Exercício 1” (categoria experimental), “Eu nunca mais vou dizer o que realmente Penso” (documentário); da Universidade Federal da Paraíba, e “A câmera adora as mulheres” (ficção), da Universidade Federal Fluminense, conquistaram o primeiro lugar nas suas categorias na 5ª Mostra Nacional de Vídeo Universitário em Mato Grosso e 1ª Mostra de Vídeo Independente. O vídeo de ficção ´´Banheiros, bosques e afins´´, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) foi eleito o melhor pelo júri popular. No período de quatro a oito de dezembro, no Centro Cultural da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), foram exibidos 40 filmes, distribuídos nas categorias experimental, documentário e ficção, de todas as regiões do país. O júri oficial foi composto pelo professor Telmo Estevinho, Severino Reino (Bil), Luis Carlos de Oliveira Borges, Alessandra Keiko Okamura e Julio Gonçalves da Silva. Na categoria experimental, o segundo lugar ficou com o vídeo ´´Crisálidas´´, da Universidade Federal de Minas Gerais. ´´Uma flor na várzea´´, da Universidade Federal da Paraíba, conquistou a segunda colocação na categoria documentário. O segundo lugar na categoria ficção ficou com o vídeo ´´ Póstumo´´, da Universidade Federal de Goiás. No último sábado (9), após a exibição dos vídeos premiados, a jornalista Maria Santíssima de Lima, coordenadora de Comunicação Social da UFMT, Luiz Carlos de Oliveira Borges, Severino Moreira Reino (Bil) e Sebastião Rodrigues Palma foram homenageados pelos organizadores da Mostra de Vídeo Universitário e Independente. Sobre os vídeos premiados - Na categoria experimental, “Exercício 1” (PB) tem cinco minutos de duração com direção e roteiro de Marcus Vasconcelos. Em segundo lugar, “Crisálidas” (MG), com oito minutos e direção de Fernando Mendes. Na categoria documentário, em primeiro, “Eu Nunca Mais Vou Dizer o que Realmente Penso” (PB), com quinze minutos de duração e direção de Francisco Sales. “Uma flor na Várzea” (PB), com vinte minutos e direção de Mislene Santos e Matheus Andrade ficou em segundo lugar. Na categoria ficção o primeiro lugar foi de “A Câmera Adora as Mulheres” (RJ), seis minutos e direção de Patrícia Freitas. Em segundo, “Póstumo” (GO), de quatorze minutos e Wertem Nunes Faleiro como diretor. O vídeo mato-grossense “Banheiros, bosques e afins” conquistou o prêmio de melhor vídeo pelo júri popular. Na categoria ficção e oito minutos de duração, tem a direção de J. Tomas e é uma produção assinada pelo Núcleo de Práticas Audiovisuais 3 Tabelas, da Universidade Federalde Mato Grosso. Completam a ficha técnica deste vídeo Caroline Araújo (câmera/fotografia), J. Tomaz (roteiro),e o som foi coordenado pelo próprio Núcleo 3 Tabelas. No elenco: Maurício Ricardo, Maicon Maico, Sabrina Lepinsky, Leleco e William Fidélis. A edição é de Caroline Araújo e J. Tomaz.
Fonte: Jornal Diário de Cuiabá
Vídeos universitários em MT
Os vídeos “Exercício 1” (categoria experimental), “Eu nunca mais vou dizer o que realmente Penso” (documentário); da Universidade Federal da Paraíba, e “A câmera adora as mulheres” (ficção), da Universidade Federal Fluminense, conquistaram o primeiro lugar nas suas categorias na 5ª Mostra Nacional de Vídeo Universitário em Mato Grosso e 1ª Mostra de Vídeo Independente. O vídeo de ficção ´´Banheiros, bosques e afins´´, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) foi eleito o melhor pelo júri popular. No período de quatro a oito de dezembro, no Centro Cultural da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), foram exibidos 40 filmes, distribuídos nas categorias experimental, documentário e ficção, de todas as regiões do país. O júri oficial foi composto pelo professor Telmo Estevinho, Severino Reino (Bil), Luis Carlos de Oliveira Borges, Alessandra Keiko Okamura e Julio Gonçalves da Silva. Na categoria experimental, o segundo lugar ficou com o vídeo ´´Crisálidas´´, da Universidade Federal de Minas Gerais. ´´Uma flor na várzea´´, da Universidade Federal da Paraíba, conquistou a segunda colocação na categoria documentário. O segundo lugar na categoria ficção ficou com o vídeo ´´ Póstumo´´, da Universidade Federal de Goiás. No último sábado (9), após a exibição dos vídeos premiados, a jornalista Maria Santíssima de Lima, coordenadora de Comunicação Social da UFMT, Luiz Carlos de Oliveira Borges, Severino Moreira Reino (Bil) e Sebastião Rodrigues Palma foram homenageados pelos organizadores da Mostra de Vídeo Universitário e Independente. Sobre os vídeos premiados - Na categoria experimental, “Exercício 1” (PB) tem cinco minutos de duração com direção e roteiro de Marcus Vasconcelos. Em segundo lugar, “Crisálidas” (MG), com oito minutos e direção de Fernando Mendes. Na categoria documentário, em primeiro, “Eu Nunca Mais Vou Dizer o que Realmente Penso” (PB), com quinze minutos de duração e direção de Francisco Sales. “Uma flor na Várzea” (PB), com vinte minutos e direção de Mislene Santos e Matheus Andrade ficou em segundo lugar. Na categoria ficção o primeiro lugar foi de “A Câmera Adora as Mulheres” (RJ), seis minutos e direção de Patrícia Freitas. Em segundo, “Póstumo” (GO), de quatorze minutos e Wertem Nunes Faleiro como diretor. O vídeo mato-grossense “Banheiros, bosques e afins” conquistou o prêmio de melhor vídeo pelo júri popular. Na categoria ficção e oito minutos de duração, tem a direção de J. Tomas e é uma produção assinada pelo Núcleo de Práticas Audiovisuais 3 Tabelas, da Universidade Federalde Mato Grosso. Completam a ficha técnica deste vídeo Caroline Araújo (câmera/fotografia), J. Tomaz (roteiro),e o som foi coordenado pelo próprio Núcleo 3 Tabelas. No elenco: Maurício Ricardo, Maicon Maico, Sabrina Lepinsky, Leleco e William Fidélis. A edição é de Caroline Araújo e J. Tomaz.
Fonte: Jornal Diário de Cuiabá
domingo, dezembro 10, 2006
Tio Vânia
(...) Durante vinte e cinco anos um homem lê e escreve sobre arte sem perceber nada de arte. Durante vinte e cinco anos remói ideias alheias sobre o realismo, o naturalismo e todas essas tolices; durante vinte e cinco anos lê e escreve sobre coisas que as pessoas inteligentes já sabem há muito tempo e de que os tolos não querem saber - quer dizer, vinte e cinco anos a despejar do oco para o vazio. E ao mesmo tempo que presunção! Que pretensões! Reformou-se e ninguém o conhece, é um perfeito desconhecido; quer dizer que durante vinte e cinco anos ocupou um lugar que não era dele. Mas olha: caminha como um semideus! (...)
Tchékhov, O Tio Vânia
(...) Durante vinte e cinco anos um homem lê e escreve sobre arte sem perceber nada de arte. Durante vinte e cinco anos remói ideias alheias sobre o realismo, o naturalismo e todas essas tolices; durante vinte e cinco anos lê e escreve sobre coisas que as pessoas inteligentes já sabem há muito tempo e de que os tolos não querem saber - quer dizer, vinte e cinco anos a despejar do oco para o vazio. E ao mesmo tempo que presunção! Que pretensões! Reformou-se e ninguém o conhece, é um perfeito desconhecido; quer dizer que durante vinte e cinco anos ocupou um lugar que não era dele. Mas olha: caminha como um semideus! (...)
Tchékhov, O Tio Vânia
terça-feira, dezembro 05, 2006
Mix Brasil em Cuiabá
Programação
A abertura será feita com o filme Amor em Tempos de Guerra (Un Amour a Taire, 2005, França, 103 min.), de Christian Fauré. "Resolvemos abrir com esse longa porque o público gostou bastante", ressalta. A produção é ambientana na primavera de 1942, em Paris, onde os personagens Jean e Philippe arriscam suas vidas para abrigar Sarah, uma amiga de infância de Jean, cuja família foi assassinada pela Gestapo. Jean é o grande amor de Sarah, mas ele é homossexual e apaixonado por Philippe, membro da resistência francesa. Mesmo assim, os três conseguem manter uma relação harmoniosa, até que entra em cena o irmão de Jean, colaborador dos nazistas.
Quando Jean é falsamente acusado de manter um caso com um oficial alemão, começa a descida ao inferno sob o signo do triângulo rosa. Com excelentes interpretações, belas fotografia e direção de arte, o telefilme de Christian Fauré está fazendo muito sucesso no circuito de festivais GLBT, ganhando inclusive o prêmio de júri e de público no Miami Gay & Lesbian Film Festival.
O Mix Brasil trará ainda um série de produções de vários estados brasileiros e estrangeiras, como Mergulho noturno (Night swimming/US, 2005), de Daniel Falcone; Thermopylae (Thermopylae/USA), de Borga Dorter; Ficadas de Mão Única (One end stands/Austrália), de Maiara R Skarheim; Meu Tio Mário (My uncle Mario/Israel), de Na"ama Zalman; e Out Now (Out Now/Alemanha), de Sven J. Matten, entre outros.
A realização do Mix Brasil em Cuiabá é da Zumzum Bar/Disco através do produtor cultural Menotti Griggi. Todos os filmes e vídeos serão exibidos com entrada franca.
Serviço - A Mostra Mix Brasil de Cinema e Vídeo será aberta na quinta-feira (dia 7), às 20h30, no Cinemais do shopping Goiabeiras, e às 23h tem coquetel na Zumzum. No dia 08, às 15h, as exibições acontecem no MISC (Museu da Imagem e do Som), no Centro de Cuiabá. No dia 09 de dezembro, na Zumzum Bar/Disco, as sessões serão às 15h/18h/19h. Informações (65) 3623-6020.
Fonte: Jornal A Gazeta
sábado, dezembro 02, 2006
sexta-feira, dezembro 01, 2006
domingo, novembro 26, 2006
A TRAMA
Um assassinato parece desencadear um processo antagônico entre dois irmãos, ou melhor, entre forças opostas que lutam pela hegemonia e supressão total da outra. Nesse estranho universo, outras forças também circulam, fazendo às vezes intervenções diretas ou através de recordações: um telefone estridente que toca, uma mãe sensível extinta por um câncer, um pai violento que apesar de morto ainda provoca pânico nessa casa cheia de imagens e vazia de verdades.
Estréia em 2007
quarta-feira, novembro 22, 2006
domingo, novembro 19, 2006
sexta-feira, novembro 17, 2006
MOSTRA SESC CARIRI DE ARTES
De malas prontas e com uma bagagem invejável.
Pegue uma carona com os valentes da Confraria no blog oficial www.confrariadosatores.zip.net
segunda-feira, novembro 13, 2006
domingo, novembro 12, 2006
terça-feira, novembro 07, 2006
Pasolini
Pier Paolo Pasolini, Auto-retrato, 1947
A versão oficial sobre a morte de Pasolini conta que o realizador foi espancado junto à praia da Ostia, em Roma, na sequência de um engate homossexual. O jovem assassino chamava-se Pino Pelosi, cognominado "Pino la rana", e foi condenado a nove anos de prisão. A história não convenceu muita gente, que aludiu à hipótese do crime ter sido orquestrado por razões ideológicas (Pasolini era um intelectual incômodo nos anos 70).Trinta anos depois a versão poderá ser outra. Pelosi veio recentemente declarar que houve mais três pessoas envolvidas no crime. Indivíduos que gritavam "sporco comunista" enquanto davam porrada ao realizador. Cresce assim a suspeita da sova ter sido planeada e poder tratar-se de um crime político. O processo deverá ser reaberto em breve e conta já com o apoio do presidente da Câmara de Roma, Walter Veltroni, que considera a cidade como "parte prejudicada".Pasolini foi um artista poliédrico. Pintou, escreveu, realizou filmes, embrenhou-se activamente na política. Foi um dos últimos da época dourada do cinema italiano. Deixou filmes como Accattone, Teorema, a "trilogia da vida" ou o escatológico Salò (cujas sequelas foram realizadas recentemente no Iraque pelas tropas americanas). Foi experimental na arte e desbocado na vida. Na noite de 2 de Novembro de 1975 talvez tenha pago caro pela ousadia.
Pier Paolo Pasolini, Auto-retrato, 1947
A versão oficial sobre a morte de Pasolini conta que o realizador foi espancado junto à praia da Ostia, em Roma, na sequência de um engate homossexual. O jovem assassino chamava-se Pino Pelosi, cognominado "Pino la rana", e foi condenado a nove anos de prisão. A história não convenceu muita gente, que aludiu à hipótese do crime ter sido orquestrado por razões ideológicas (Pasolini era um intelectual incômodo nos anos 70).Trinta anos depois a versão poderá ser outra. Pelosi veio recentemente declarar que houve mais três pessoas envolvidas no crime. Indivíduos que gritavam "sporco comunista" enquanto davam porrada ao realizador. Cresce assim a suspeita da sova ter sido planeada e poder tratar-se de um crime político. O processo deverá ser reaberto em breve e conta já com o apoio do presidente da Câmara de Roma, Walter Veltroni, que considera a cidade como "parte prejudicada".Pasolini foi um artista poliédrico. Pintou, escreveu, realizou filmes, embrenhou-se activamente na política. Foi um dos últimos da época dourada do cinema italiano. Deixou filmes como Accattone, Teorema, a "trilogia da vida" ou o escatológico Salò (cujas sequelas foram realizadas recentemente no Iraque pelas tropas americanas). Foi experimental na arte e desbocado na vida. Na noite de 2 de Novembro de 1975 talvez tenha pago caro pela ousadia.
segunda-feira, novembro 06, 2006
PRESENTE CONTINUAM AS FIMAGENS
Por Ney Hugo Imprensa EC
Como sabem, o curta-metragem Presente, de Lenissa Lenza, está sendo rodado por esses dias, em Cuiabá. É a primeira vez que é feita uma produção audiovisual profissional formada por uma equipe totalmente matogrossense. Quem nos conta um pouco sobre esse processo de aprendizado e inovação é a própria Lenissa Lenza: "está saindo tudo conforme o planejado, em termos de produção... em termos de planos, cenas, enquadramentos e etc... ou seja, em termos de direção... muitas coisas novas. Saber exatamente quais as possibilidades que o movimento de câmera propicia. isso está sendo muito louco". Ainda hoje a noite rola gravação no Pantanal Shopping. A cena captada será a que Lígia (personagem principal) está em frente a uma loja filmando meninas fazendo compras. Para entender um pouco mais esse contexto e saber maiores detalhes sobre as gravações do Curta Presente, acesse: http://www.proximacena.blogspot.com/
Não podemos esquecer que dia 07 acontece mais uma reunião dos teatreiros na sede da Confraria dos atores, às 19h. Vamos lá?
sexta-feira, novembro 03, 2006
segunda-feira, outubro 30, 2006
sábado, outubro 28, 2006
Crítica
``Qual o melhor crítico de teatro? O rabo. Quando não nos dói a peça é boa. O melhor crítico musical é a espinha: quando sinto arrepios, a música é boa.´´
António Lobo Antunes em entrevista ao suplemento 6ª do Diário de Notícias.
A foto acima faz parte do ensaio fotográfico do espetáculo Uma mulher vestida de sol, com direção de Mayra Jeannyse, texto de Ariano Suassuna, o ator da foto é Joseph Fragerri aproveitando o cenário natural da nossa bela Chapada dos Gimarães. Ano que vem tem mais temporada, dessa vez na capital.
quinta-feira, outubro 26, 2006
UM, NENHUM OU CEM MIL
É a história de um homem, Moscarda, que através de um simples comentário da mulher ao seu nariz ("Olha bem para ele:cai para direita") vê a sua identidade posta em causa e descobre que há uma infinidade de Moscardas na perspectiva dos outros. Esta "fragmentação", explorada obsessivamente no teatro de Pirandello, leva o protagonista ao reconhecimento das múltiplas consciências e de uma verdade terrível, inescapável: não conseguimos ver-nos viver. E portanto não fazemos a menor ideia se a imagem que temos de nós corresponde à imagem projetada para os outros. Pior: nem sequer sabemos qual delas é mais verdadeira. E se pensarmos que cada pessoa poderá ter uma diferente... Bom, então já compreendemos a espiral de loucura em que mergulha o personagem: obcecado com a "perseguição do estranho", que desaparece sempre que é visto ao espelho.
Acho que preciso cuidar mais do meu nariz...
``Assim é se lhe parece´´, foi construído a partir da obra ``Um, nenhum ou cem mil de Luigi Pirandello. Concepção, criação, atuação, direção geral e produção de Yandra Firmo ( foto ).
Informações: yandrafirmo@gmail.com
telefone: ( 11 ) 8366.4810
quarta-feira, outubro 25, 2006
Melancolia III- Fim
``Sei botar cílios no silêncio´´ ( manoel de barros )
Material encontrado no site
http://www.signandsight.com/features/710.html
domingo, outubro 22, 2006
sábado, outubro 21, 2006
quinta-feira, outubro 19, 2006
Vamos rir?
Este mês, no dia 16, o Pessoal do Ânima completou 19 anos. Para comemorar, será realizado no dia 21 um "Festival de Esquetes" dos alunos da disciplina de Teatro. Com direito a premiações e tudo. E será apresentado também a peça "Segredos de Liquidificador" nos dias 21 e 22 sempre às 19:30h. O ensaio aberto foi sucesso absoluto, agora com novos esquetes está ainda melhor. O espetáculo nunca é o mesmo. Os esquetes mudam a cada apresentação. A apresentação do sábado, por exemplo, será diferente da do domingo. Um espetáculo mutável, que nunca é igual. E a preço popular!
Eduardo Butakka
segunda-feira, outubro 16, 2006
sábado, outubro 14, 2006
sexta-feira, outubro 13, 2006
NEGROS
(...) Querer escrever para os negros seria fruto dessa abjeção moral que consiste em curvar-se generosamente, com toda a compreensão, para os fracos, em comprazer-se na boa consciência, em julgar-se dispensado de qualquer ação eficaz. (...)
É preciso desconfiarmos do nosso entusiasmo pelas causas generosas, pois ele transforma-se rapidamente em auto-complacência. Não tardaria a sentirmo-nos seguros de nós mesmos, atolando-nos na gelatina de um conforto moral muito satisfatório. Porque, no fim de contas, é bastante agradável defender os oprimidos pela palavra ou pela pena, quando se beneficia, simultaneamente, das benesses da comunidade opressora e da gratidão dos oprimidos (...)
Do prefácio de Jean Genet a Os Negros (1958). "Uma peça não em favor dos negros, mas contra os brancos.´´
segunda-feira, outubro 09, 2006
FERNANDA MONTENEGRO
É possível se alimentar de alegria? Fernandona dá a dica! Mais uma PORRADA em vídeo!
http://www.youtube.com/watch?v=DzuGG9hYt0c
sábado, outubro 07, 2006
Artaud em filme
``A TRAGÉDIA NO PALCO NÃO ME BASTA MAIS, VOU TRANSPORTÁ-LA PARA MINHA VIDA´´ ( antonin artaud )
Continuando nossa sessão de cinema...veja agora o curta produzido pela UFF com direção de Fábio Terre: ARTAUD E SEU DUPLO. Pegue uma xícara de café e tenha um bom filme http://www.youtube.com/watch?v=TXn4hG8cMow&mode=related&search=
``A TRAGÉDIA NO PALCO NÃO ME BASTA MAIS, VOU TRANSPORTÁ-LA PARA MINHA VIDA´´ ( antonin artaud )
Continuando nossa sessão de cinema...veja agora o curta produzido pela UFF com direção de Fábio Terre: ARTAUD E SEU DUPLO. Pegue uma xícara de café e tenha um bom filme http://www.youtube.com/watch?v=TXn4hG8cMow&mode=related&search=
sexta-feira, outubro 06, 2006
Beckett em filme
Assista a versão filmada da peça``IMPROVISO DE OHIO´´, são deliciosos 10 minutos de boa arte.http://www.youtube.com/watch?v=JlnRri6tk3s&mode=related&search=
Assista a versão filmada da peça``IMPROVISO DE OHIO´´, são deliciosos 10 minutos de boa arte.http://www.youtube.com/watch?v=JlnRri6tk3s&mode=related&search=
Diplomacia
(...) Se dois homens, duas espécies contrárias, sem história comum, sem linguagem familiar, se encontram por fatalidade face a face - não no meio da multidão nem em plena luz do dia, porque a multidão e a luz dissimulam os rostos e a naturezas, mas antes num chão neutro e deserto, plano, silencioso, onde nos vemos de longe, onde nos ouvimos caminhar, um local que proíbe a indiferença, ou o desvio, ou a fuga - quando param um em frente ao outro, não há entre eles senão hostilidade, que não é um sentimento, mas um acto, um acto de inimigos, um acto de guerra sem motivo. Os verdadeiros inimigos são-no por natureza, e reconhecem-se como os animais se reconhecem pelo cheiro (...)
(...) O primeiro acto de hostilidade, imediatamente antes da pancada, é a diplomacia, que é o comércio do tempo. Ela desempenha o amor na ausência do amor, o desejo pela repulsa. Mas é como uma floresta em chamas atravessada por um rio: a água e o fogo lambem-se, mas a água está condenada a afogar o fogo, e o fogo forçado a volatilizar a água. A troca de palavras serve apenas para ganhar tempo antes da troca de pancadas, porque ninguém gosta de receber pancadas e toda a gente gosta de ganhar tempo.Segundo a razão, há espécies que não deveriam nunca, na solidão, encontrar-se face a face. Mas o nosso território é demasiado pequeno, os homens demasiado numerosos, as incompatibilidades demasiado frequentes, as horas e os locais obscuros e desertos demasiado incontáveis para que haja ainda lugar para a razão (...)
Bernard-Marie Koltès ( dramaturgo francês )
quinta-feira, outubro 05, 2006
Comunicado
A Comissão de Propostas do Regimento Eleitoral de Composição de CEC/MT, organizada no Fórum Artístico Cultural (19/09/2006) no Plenárinho da Câmara Municipal de Cuiabá (antiga Assembléia Legislativa/MT), composta por 27 pessoas, informa que diante da missão que lhes foram conferidas, suas reuniões estão acontecendo todas as terças-feiras, a partir das 18 horas, na Federação das Entidades Culturais de Mato Grosso – FECMAT Rua Comandante Costa, nº 419, Centro, Cuiabá-MT, CEP 78.020-400Contato: (65) 9975-4229 / 8415-3992 E/mail: fecmatdir@homail.com Declarada de Utilidade Pública Estadual Lei nº 7.735, de 27/09/2000.
E que faz-se necessário incluir nesta comissão outros pólos culturais existentes em Mato Grosso para que participem dos encaminhamentos desta Comissão de Propostas do Regimento Eleitoral de Composição de CEC/MT, nos enviando sugestões e opiniões, relacionadas a propostas deste possível regimento.
Comissão de Propostas do Regimento Eleitoral de Composição de CEC/MT
Fórum Artístico Cultural
terça-feira, outubro 03, 2006
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